quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

INTERESSE DA GOL PELA TAP COMEÇA A GANHAR ALTITUDE

Conversas estariam em curso desde outubro do ano passado; eventual
aquisição agregaria a malha aérea na Europa e elevaria faturamento
a R$ 10 bilhões.

 
 


A privatização da TAP está no radar dos Constantino. A Gol estuda entrar
na disputa pela companhia aérea portuguesa. Não deixa de ser uma resposta,
ainda que modesta, à associação entre TAM e Lan. 
O projeto é guardado a sete chaves e discutido pelos controladores
da empresa a 20 mil pés de altitude.

Segundo uma fonte de altíssima patente, ligada ao Conselho de Administração
da Gol, os Constantino vêm mantendo contatos regulares com o presidente
da TAP, Fernando Pinto, desde outubro de 2010 – quando o governo português
anunciou pela primeira vez o propósito de iniciar o processo de venda da companhia
até março deste ano.

Trata-se de uma operação complexa, a começar pelo funding.
Embora ainda não haja um valor para a operação – o gabinete do primeiro-ministro 
José Sócrates fala apenas em arrecadar seis bilhões de euros com a venda de
quatro ou cinco estatais – a Gol não está disposta a entrar sozinha na disputa. 
Os Constantino pretendem desembarcam na TAP na companhia de fundos
de private equity.




Os Constantino enxergam na compra da TAP uma oportunidade de dar uma
grande chacoalhada na Gol. A operação representaria um choque de expectativa
no mercado e aumentaria a autoestima entre os funcionários da companhia, a
começar por seus próprios acionistas.

A Gol, que nasceu sob a bandeira do low cost, é hoje uma companhia sem
identidade. Perdeu a franquia do baixo custo para outros concorrentes, como Azul e
Trip, e não conseguiu reposicionar sua imagem no mercado.
Hoje, é uma empresa com  dificuldades em todas as latitudes.
Convive com a tendência de perda de participação no mercado interno para
competidores menores, como a própria Azul, e não tem escala suficiente para
concorrer nas rotas internacionais.

Do ponto de vista operacional, a compra da TAP colocaria a Gol em outro patamar.
A empresa, que voa apenas para a América do Sul, finalmente criaria
uma malha internacional de fôlego, notadamente na Europa. Os portugueses
operam em 30 países, contra apenas 12 da empresa brasileira.
Hoje, a TAP é a companhiaque mais oferece voos entre o Brasil e o
continente
europeu.

A Gol herdaria ainda 71 aeronaves, o que lhe permitiria saltar para uma frota de
mais de 180 aviões. Em termos de faturamento, passaria de R$ 6,5 bilhões
para mais de R$ 10 bilhões ao ano. 
fonte/ IG/CidadeBiz

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