Presidente Constantino Junior não prevê aumento de tarifas ou demissões.
Empresa quer integrar clientes Webjet ao programa de milhagem Smiles.
Em teleconferência para detalhar o negócio, o executivo disse que não vê perspectiva de aumento de tarifas nem demissões por causa da aquisição, e que a intenção da Gol é renovar a frota da Webjet.
O presidente da Gol, Constantino Oliveira Junior,
em imagem de arquivo.
(Foto: Hélvio Romero/Agência Estado.)
“Deverá se extinguir a marca Webjet, ficar com a marca Gol, e isso não implicaria aumento de custo por essa operação”, disse Oliveira Junior, em teleconferência para detalhar o negócio. Ele diz que ainda não comunicou oficialmente o Cade sobre o negócio; pela lei, o órgão regulador precisa ser avisado em até 15 dias do anúncio.em imagem de arquivo.
(Foto: Hélvio Romero/Agência Estado.)
A Gol anunciou na sexta-feira (8) acordo de compra da Webjet, quarta maior companhia aérea do mercado brasileiro. O negócio ainda depende da aprovação dos órgãos reguladores para se tornar realidade e foi fechado em R$ 311 milhões, dos quais cerca de R$ 96 milhões serão pagos aos atuais sócios e R$ 200 milhões são dívidas da Webjet com bancos. Segundo Leonardo Pereira, vice-presidende financeiro da Gol, os principais credores da Webjet são os bancos Bradesco, Safra e Citibank; as dívidas vencem até 2015.
Tarifas
De acordo com a previsão de Constantino Oliveira Junior, a aquisição não deverá resultar em aumentos de tarifas para o consumidor. "Entendemos que com a compra da Webjet a Gol se fortalece, passa a ter condições de oferecer mais serviços, tornar o serviço mais atraente por um custo baixo para os nossos clientes", disse o executivo, que afirmou que o processo de consolidação do setor é uma "tendência mundial' e não traz prejuízos ao consumidor.
"É muito importante conseguir escala, se tornar menos suscetível ao preço do petróleo ou à oscilação da demanda. (...) No mundo desenvolvido existe a concentração e não significa que o consumidor seja prejudicado", avaliou.
O empresário citou que, mesmo quando o mercado brasileiro era dominado por somente duas companhias (TAM e Gol), o preço médio das passagens não deixou de decrescer ao longo dos anos.
Renovação da frotaSegundo o executivo, a Gol pretende renovar a frota da Webjet para adequá-la aos padrões atuais da Gol, que tem 115 aeronaves Boeing Next Generation 737-700 e 737-800, mais modernas que os 24 Boeing 737-300 atualmente operados pela Webjet.
Avião da Webjet decola do aeroporto
Santos Dumont, no RJ, em imagem de arquivo.
(Foto: Agência Estado)
"Estamos imaginando que se o Cade e a Anac aprovassem hoje a operação, por exemplo, poderíamos renovar toda a frota em 18 a 24 meses", estimou.Santos Dumont, no RJ, em imagem de arquivo.
(Foto: Agência Estado)
Para Constantino, o fato de as duas companhias operarem Boeings deve baratear o custo de treinamento de pessoal na renovação. "Torna bem mais barato o treinamento dos tripulantes, conseguiremos renovar a frota sem grandes investimentos em pessoal", estima.
Além disso, avalia o executivo, o custo de operação das companhias por assento é parecido. "Não teremos que fazer uma reestruturação grande para que consigamos imprimir o ritmo da Gol naquilo que hoje é a frota da Webjet", estima.
Integração
A ideia, segundo Constantino, é manter as duas marcas até que o negócio seja aprovado pelas autoridades e, a partir daí, iniciar o processo de integração. Segundo o executivo, tal integração seria possível porque as duas empresas atuam no segmento de baixa tarifa.
A estimativa da companhia é de que a integração gere sinergia de R$ 100 milhões em dois anos após a aprovação do negócio.
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